Milhares de cristãos protestam após morte de seis em ataque a tiros no Egito Milhares de cristãos foram às ruas nesta quinta-feira em um protesto contra a morte de seis cristãos por um grupo de homens armados em frente a uma igreja, no momento em que os fiéis saíam de uma missa de meia-noite para marcar o Natal dos cristãos coptas.
Alguns dos manifestantes entraram em confronto com a polícia na cidade de Nag Hammadi, no sul do país. Segundo o Ministério do Interior, nove policiais ficaram feridos.
Os protestos ocorreram dentro do hospital de Nag Hammadi e do lado de fora da igreja onde ocorreu o ataque, que matou ainda um policial.
Segundo forças de segurança egípcias, os manifestantes atacaram pedras nos carros. Mais cedo, eles chegaram a destruir ambulâncias em revolta pela demora na entrega dos corpos para o funeral. A polícia lançou gás lacrimogêneo para tentar conter a multidão.
O ataque contra os cristãos aconteceu nas primeiras horas desta quinta-feira em Nag Hammadi, na Província de Qena, a cerca 60 quilômetros das famosas ruínas de Luxor.
Os coptas estavam deixando a igreja da Virgem Maria quando um carro escuro parou em frente ao local e desconhecidos abriram fogo aleatoriamente sobre o público. Dois muçulmanos que passavam perto da igreja também foram feridos, disseram fontes de segurança.
Os cristãos coptas, um ramo da Igreja Ortodoxa Oriental, celebram o Natal em 7 de janeiro. Eles são cerca de 10% da população do Egito, um país predominantemente muçulmano.
Choques entre muçulmanos e cristãos, restritos ao sul do país nos últimos anos, têm se espalhado para a capital. À medida que o conservadorismo islâmico ganha terreno, os cristãos têm cada vez mais se queixado de discriminação pela maioria muçulmana. A violência sectária é rara, mas disputas sobre questões religiosas, incluindo a terra ou mulheres ocasionalmente acontecem.
No verão de 2008 no sul do Egito, um muçulmano foi morto em confrontos devido à expansão de um mosteiro copta ortodoxo, e os muçulmanos queimaram casas de moradores cristãos porque um padre foi visto realizando uma missa dentro de uma casa, de acordo com o grupo de direitos humanos Iniciativa Egípcia pelos Direitos Individuais.
(FONTE: http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u675825.shtml)
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